Seguia,
humano,
a pulsão desejante.
O novo lhe deslumbrava
Como intrínseca que era
Sua sede pela busca.
A despeito de tudo o que experimentava desimpedido,
Queria um novo
Que desta vez
lhe pertencesse.
Um êxito,
Construção de agradável rotina.
A passos largos
Vislumbrou o objetivo
Erguendo-se bem à sua frente.
Contudo,
Algo lhe faltava à percepção.
O que poderia ser?
A tela em branco agora lhe fitava,
Intrigante,
dando-lhe infinitas opções.
Indecisão.
Uma certa pressa em preenchê-la,
Antes que a mente se ocupasse
Da inquietante solidão
Que já se camuflava por entre as vísceras.
Faltava-lhe as cores de antes,
Aquelas que lhe assistiam
Confidenciar sua fragilidade,
Exigir-se sobremaneira,
Traduzir em linhas o coração,
Exultar-se dos triunfos.
Faltavam-lhe as flores daquele jardim
Que nunca fora seu.