sábado, 14 de abril de 2018

Lavadas as linhas,
Borrando a tinta
Apaga os vestígios
Do mortal pecado.
Eu que sou carne,
Banquete aos teus olhos
Esboço um sorriso medonho
Para escapar do teu juízo.
Revolto-me sem cúmplices,
Entristeço sem esperança.
Turbilhão.
Um tornado levanta os telhados
Sacode cidades.
E eu,
Tempestuo de assombro.
Você não me vê
A nudez é da alma,
Teus olhos são frios demais para compreender.
A chuva vai chegando
Nervosamente
Assim como eu,
Sem brilho,
Sozinha.