sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Well well
well,
what can I tell...
I've been out three more days but
I'm still doing swell
I fall in love everyday
but I never give my heart away
'Cause I still got some respect for you in the end

Only you can save me, girl
Don't you come any closer to the world you don't"

























Você não sabia o que estava dizendo...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Houve um dia que eu cansei.
Houve dias que se repetiam,
a cada três ou quatro dias.
Estava entediada,
os tempos exigiam de mim uma motivação que eu não tinha.
Começaram a se repetir com freqüência,
e o espaço entre um e outro diminuía.
Até que semanas se contagiaram com esse vírus maldito.
Todos os dias se tornaram febris,
cansativos,
infames.
Então cinco minutos olhando a chuva me reviviam outra vez.
E quando não chovia era o brilho do sol na parede que me animava.
No início eu reclamava, batia o pé.
Algumas vezes me deixava levar pela monotonia.
E vegetava.
Era um estado de morte não morrida,
de inércia que seca,
mas não chega a consumir.
Até que um lampejo de vida mudou tudo.
Cansada do mesmo tudo,
e de ouvir os que pranteavam sobre a mesma rotina,
decidi partir.
Como é de meu feitio jogar tudo para o alto,
desta vez o fiz, deveras,
Conservei apenas o que me é caro.
Abandonei a cidade que nasci,
arranquei os baobás que sufocavam a flor,
deixei pra trás quase todo o meu passado.
Porque começar tudo de novo, de fato,
era o que eu sempre precisei.
Vento novo em minha face,
novas vistas e,
clichê mesmo,
novos horizontes.
Não sei o que me espera,
nem quando vou chegar,
mas estou a caminho.
A euforia de viver é o que me impulsiona.
não importa onde eu esteja,
estarei livre.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Entre as tantas coisas que devem preocupar o ser humano, acha-se a de buscar a unidade dentro de si mesmo, para não se perder no labirinto de suas próprias contradições."
ODEIO PESSOAS NULISTAS

domingo, 24 de agosto de 2008

Minhas primeiras palavras resumem todo o conteúdo destes parágrafos.
Respeito à vida.
Somente quem já teve contrações e dores de parto sabe o quão custoso e ao mesmo tempo maravilhoso é criar uma vida.
Somente quem ainda se sensibiliza com a morte pensa quão absurdamente ela está banalizada.
Sobre a morte eu não sei, mas sobre a vida...
Acho que muitas pessoas não são dignas de gerarem vidas. Mesmo assim, esse direito lhes foi dado.
Pelo contrário, o direito de negar a vida (ou acabar com ela) não foi dado, me parece, a ninguém.
Sou contra a eutanásia, a pena de morte, o sacrífício, a caça e a pesca e o aborto.
O mundo evoluiu muito, mas continua a ser como era.
Lembro-me claramente de ler um texto sobre a reforma urbana no Rio de Janeiro, que desabrigou muitos em favor dos arranha-céus. Ele apontava que a modernidade não necessariamente indicava progresso.
O homem das cavernas caçava.
O homem da cobertura com piscina ainda caça.
Com a sutil diferença que o primeiro não sabia plantar, era nômade e não tinha registros da evolução que ocorrera anterior ao seu aparecimento.
O humano com o computador nos dedos não sabe respeitar. Ele acredita que tudo o que o cerca está exatamente ali para o satisfazer. Ele tem filhos para que estes o idolatrem, e não para que sejam felizes e livres. Os animais servem para alimentá-lo e morrerem em seus laboratórios para salvar sua pele. Ao contrário das premissas de Jesus Cristo, acredito que nenhum ser tem a função de servir.
O homem, grande homem, que criou a luz elétrica, compactuou com a eletrocução de condenados na fila da morte por medíocres interesses financeiros.
Quantos morreram por aquele invento, sr. Edison?
Tudo por uma razão simples. O homem tem sempre que ganhar. Ganhar do mais fraco, ganhar do equivocado, ganhar de si mesmo, ganhar de quem está do lado de fora do ringue. Não interessa qual a situação, uma condenação não redime a outra. O carrasco não é mais correto que o enforcado por assassínio.
Grande evolução, meus amigos homens!
E, minhas amigas mulheres, também falo de vocês. Que direito pensam ter sobre os pequenos que só de vocês dependem, e são sujeitos à morte, sem defesa?
Seu direito se restringe a seu corpo. Quando um corpo a mais está em jogo, sua vontade não é mais a lei. A fragilidade acaba sempre cedendo.
Não é possível que não se enxergue os olhos brilhantes de um animal que ama sua vida e implora para continuar com ela. É incrível a contradicão com que as pessoas pelo tratamento ético dos animais continuam sacrificando vidas ao invés de estarem tentando salvá-las.
Não interessa qual o risco, qual o tamanho da moléstia a que um animal esteja acometido. Ele tem a grandeza de tentar, de ainda amar a sua vida, mesmo que dela só reste uma fração.
É invejável a determinação que um cachorro velho ainda tem para procurar seu pote de comida, mesmo cego, surdo ou fraco. Por que será? Obviamente ele quer viver! Ele valoriza os segundos que lhe restam, não importa quão custoso isso lhe seja. Mas aí aparece um humano piedoso e lhe aplica uma injeção que promete acabar com o seu sofrimento. E um dos seus últimos gestos, pasmem, é lamber-lhe a mão.
Por isso, meus caros amigos, não tentem me convencer que há algo de piedoso nisso. Tampouco me digam o quanto é maravilhoso comer um churrasco ou elegante usar um casaco de peles, porque como viram, não me agrada em nada a selvageria. E não venham me dizer que há justiça em interferir no curso da vida de quem quer que seja, porque pra mim, isso não passa de um ciclo de atrocidades que é baseado no desrespeito.
Particularmente, há uma boa base para sustentar meus pressupostos, mas como disse, devido ao livre arbítrio, há quem confronte essas idéias, que se caracterizam como simples opinião.
Pois mais vale uma opinião em que se acredita veementemente que a submissão. Contudo, até mesmo quem tem fé cega põe créditos nas suas palavras. O que não tolero é, justamente a falta dela e de senso, já que a ética não penetra em cada consciência.
Termino por endossar que nenhum outro aspecto em minha vida é tão esclarecido quanto este.
A vida é a única coisa que muitos têm.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

para minha timidez absurda,
soma.
para minha vontade de sumir,
soma.
para as vezes em que minha voz não saiu,
soma.
pelo meu clamor por ética,
soma.
para a insegurança,
soma.
para acordar,
soma.
para estar atento quando não se precisa,
soma.
para dormir quando lhe falam,
soma.
para tudo o que eu não quero e para o que me deixa sem saída,
soma, soma, soma.

"Uma das coisas que aprendi com pessoas de grande sabedoria
é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda,
mudar de assunto.
Saber o momento exato
de fazer com que os holofotes fiquem
sobre os outros e não sobre você.
No mundo competitivo em que vivemos
a sua presença “marcante” pode marcar demais.
A sua idéia “brilhante” pode brilhar demais.
A forma “inovadora” de pensar pode inovar demais.
E nem sempre as pessoas estão dispostas
a deixar você brilhar impunemente.

É hora de sair de cena.
Nem que seja por um tempo.
É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu.
É preciso dar a chance das pessoas acharem
que você não quer mais estar no palco.
Mas saber sair de cena é uma arte tão importante
quanto saber entrar em cena.

Todo ator sabe disso.
Assim, é preciso sair de cena com classe.
É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês.
Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você
e começam a ter respostas agressivas desproporcionais,
talvez seja a hora de sair de cena.

Quando você,
sem ter desejado ou planejado,
começa a aparecer muito na sua área de atuação ou
no seu setor de trabalho,
talvez seja a hora de sair de cena por um tempo.
Saber sair de cena é também saber mudar de assunto.
Quando as pessoas vêm lhe perguntar
comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais,
seu possível enriquecimento, etc.
querendo fazer você falar sobre você
– é hora de mudar de assunto.
É hora de sair de cena.

Os sábios sabem
que você nada ganhará falando de você
mesmo para os outros.
Nem bem, nem mau.
Mude de assunto.

Saia de cena.
Não caia nessa armadilha.
Quando o embate se dará com poderosos
e você conhece o poder destrutivo desses poderosos,
pense bem antes de entrar no combate.

Talvez você ganhe mais saindo de cena.
Deixe a briga de cachorro grande para grandes cães.
Saiba sair de cena.

Você terá outras oportunidades.
Você ganhará outras batalhas com menos estresse,
com menores esforços.
É preciso fazer um grande esforço de sabedoria
para saber quando sair de cena.

É preciso ter uma grande capacidade artística
para saber como sair de cena.
Será que temos tido a sabedoria
e a arte de sair de cena,
deixar o palco,
mudar de assunto,
na hora certa, no momento exato ?

Pense nisso!

Sem estresse:

A hora de falar vem sempre depois da hora de ouvir!"

Luis Almeida Marins Filho