segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Mas que coisa, não?
Como é bom evoluir!
E quanta coragem, admirou hoje uma amiga muito estimada, tem essa menina!
Sim, eu tenho muita coragem.
E tenho vontade.
Isso é o que importa.
Porque muitas e muitas vezes acabo caindo no impulso pessimista que brota dentro de mim mesma. Mas o que tem brotado em mim agora não é nada disso. É um amor.
O amor que eu trago agora não começou com uma paixão.
Não começou com uma conquista boba cheirando a cerveja barata.
Nem com vontades contidas de dar um telefonema.
Nem muito menos com a provocação de fazer falta a quem se quer.
Pelo contrário.
O amor que há aqui, neste instante, nasceu quando eu menos esperava, e quando eu mais esperava, ao mesmo tempo.
Ele veio do desespero, sim, mas se tornou mais que uma causa. Tornou-se o amor de uma vida.
Não há nada que eu queira mais do que viver isto que vivo.
Esse amor lindo veio de muitas coisas. De muitas bobagens, de frases, de beijos e de raiva. E tudo isso se concentrou em apenas uma coisa. O próprio AMOR.
Ele está em mim agora.
Não há nada mais perfeito no mundo do que sentir que eu mesma fui capaz de gerar uma vida, independente da minha, com suas vontades, choros e rostinho lindo...
Nada mais feliz do que entender que este amorzinho é meu, é nosso, é uma pessoa maravilhosa que encantará o mundo!
Eu vou ser mãe.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Afeto

Como demonstrar afeto no espaço contido?
É preciso muita sutileza
Olhares vagos
Palavras tímidas
Gestos quase gestos
E no entanto
Há um intenso
Por enquanto tenso
Olhar imenso
Infelizmente imerso
No universo
Do contido
O grito litro de sangue do afeto perdido
O leite derramado no leito solitário
A pele atrai a pele
Como o olhar o olhar
Enquanto desce o decote
Lentamente
Discretamente
Infelizmente
A vida é mente
A vida mente
Avidamente
E a morte vence
No espaço do contido
Obviamente

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O tempo voltou a correr.
Desde aquele dia em que estava parado.
Bem que eu já imaginava
que ele voltaria a acertar suas areias.
Talvez porque faltem, hoje, beijos,
faltem promessas que não se deva ouvir.
Talvez porque
não hajam porquês que o façam estagnar de vez,
uma vez que tudo passa, e, se não passa,
é a morte, medonha, a chegar.
O tempo que cura as feridas,
o que desfaz sorrisos e os substitui por outros.
O que faz dizer coisas que não dizem nada.
Que amedronta e acaba,
Fere, e deixa ferir.
Que traz como brisa,
algo que nem se espera.
Como folhas, voando numa tarde fria,
que distraem o pensador no parque.
É a este mesmo que me refiro.
É a ele que penso entender.
Olhando para o grande senhor da razão,
em frente aos seus grandes ponteiros
que nenhum homem conseguiu imitar,
em frente a ele é que eu sorrio,
com uma lucidez silenciosa.

domingo, 16 de setembro de 2007

Admirável Mundo Novo

Acho que uma parte da história deveria mesmo morrer.
(Eu que sempre primei pela preservação do que foi vivido, tenho que admitir que a memória é mais atraente que o registro. Até porque na minha memória ninguém mexe. E se mexe não me faz falar.)
Acho que uma parte da história deveria mesmo morrer.
Como aquela parte em que você fala algumas mentirinhas para o seu ex namorado (até então o cara com quem você está) só pra ele parar de se sentir tão inferior, despir-se do instinto depressivo-suicida e começar a se achar gente do seu lado.
Não falo em esquecer por arrependimento. Algumas coisas mudam, como o hábito de contar mentiras para que se sintam gente.
Algumas coisas nunca mudam, mesmo que se espere. Como por exemplo a chicletisse sem sentido de pessoas que insistem em manter contato mesmo sem nada pra dizer.
Falo em apagar o passado pelo seguinte motivo: o infeliz infame desgraçado e pobre diabo precisa se sentir amado. Nem que seja com mentiras!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Você não sofre porque não sente o que eu sinto
Há um iceberg em você que eu tenho que derreter
Que tipo de piscina terá
embaixo desse trampolim?
Que pulo que eu vou ter que dar
pra não me ferir?

Porque acordar sem você
é ficar cego no amanhecer
É assistir o fim do mundo,
depois escurecer
E eu no meio disso tudo sem saber
Que já estamos no início
do que vamos ser.

Hoje eu não acordei.
Hoje eu não vou dormir.
Hoje eu nunca te dei.
Hoje eu quero partir.
pois quando penso em você

é quando não me sinto só

com minhas letras e canções

com o perfume das manhãs

com a chuva dos verões

com o desenho das maçãs

com você me sinto bem...

domingo, 9 de setembro de 2007

Até amanhã...
Doce amanhã....
Verde com vermelho...

sábado, 8 de setembro de 2007

"seria mais fácil fazer como todo mundo faz
o caminho mais curto,
produto que rende mais.

seria mais fácil fazer como todo mundo faz
um tiro certeiro,
modelo que vende mais.


mas nós
dançamos no silêncio,

choramos no carnaval,
não vemos graça nas gracinhas da tv,
morremos de rir no horário eleitoral.

seria mais fácil fazer como todo mundo faz
sem sair do sofá,
deixar a ferrari pra trás.

seria mais fácil, como todo mundo faz
o milésimo gol
sentado na mesa de um bar.


mas nós
vibramos em outra freqüência,

sabemos que não é bem assim.
se fosse fácil achar o caminho das pedras
tantas pedras no caminho não seria ruim"
"eu me lembro muito bem,
como se fosse amanhã,
o sol nascendo sem saber
o que iria iluminar.
eu abri meu coração
como se fosse um motor
e na hora de voltar
sobravam peças pelo chão.
mesmo assim eu fui à luta...
eu quis pagar pra ver

aonde leva essa loucura?
qual é a lógica do sistema?
onde estavam as armas químicas?
o que diziam os poemas?

afinal de contas
o que nos trouxe até aqui,
medo ou coragem?
talvez nenhum dos dois
sopra o vento
um carro passa
pela praça
e já foi...
já foi.
por acaso eu fui à luta...
eu quis pagar pra ver.

aonde leva essa loucura?
qual é a lógica do sistema?
onde estavam as armas químicas?
o que diziam os poemas?

o tempo nos faz esquecer
o que nos trouxe até aqui
mas eu lembro muito bem
como se fosse amanhã.

quem prometeu descanso em paz
pra depois dos comerciais?
e quem ficou pedindo mais
armas químicas e poemas?"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

...palavras e silêncios que jamais se encontrarão...

minha balada de agosto será sempre uma balada de agosto
que não se estenderá por setembro
I know the difference,
Between myself and my reflection.
I just can't help but to wonder,
Which of us do you love.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

mais!
.
do mesmo.

domingo, 2 de setembro de 2007

De olho nos políticos.
Na entrevista.
Nas ruas,
nas chuvas,
no Ministério da Fazenda.
Prestando a atenção em algo
fora do próprio umbigo.
Aqui, curtindo uma verborragia.
-É?
-É.
-Certeza?
-Não.
o cavalo em 7 de setembro...
anda,
caga,
e é aplaudido.
Flor da Pele


Ando tão à flor da pele
Que qualquer beijo de novela me faz chorar.
Ando tão à flor da pele
Que teu olhar flor na janela me faz morrer.
Ando tão à flor da pele
Que meu desejo se confunde com a vontade de nem ser.
Ando tão à flor da pele
Que a minha pele tem o fogo do juízo final.

Um barco sem porto,
Sem rumo, sem vela,
Cavalo sem sela.
Um bicho solto,
Um cão sem dono.
Um menino, um bandido.
Às vezes me preservo,
noutras suicido.


Não acabarão com o amor,

nem as rusgas,

nem a distância.

Está provado,

pensado

verificado.

Aqui levanto solene

minha estrofe de mil dedos

e faço o juramento:

Amo

firme

fiel

e verdadeiramente.

Vladimir Maiakovski

Minha Casa

Minha Casa

É mais fácil cultuar os mortos que os vivos.

Mais fácil viver de sombras que de sóis.
É mais fácil mimeografar o passado
que imprimir o futuro.
Não quero ser triste
como o poeta que envelhece
lendo Maiakóvski na loja de conveniência.
Não quero ser alegre
como o cão que sai a passear com o seu dono alegre
sob o sol de domingo.
Nem quero ser estanque
como quem constrói estradas e não anda.
Quero no escuro
como um cego tatear estrelas distraídas.

Amoras silvestres no passeio público.
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas.
Tempestades que não param,
pára-raios quem não tem,
mesmo que não venha o trem não posso parar.

Veja o mundo passar como passa

uma escola de samba que atravessa.
Pergunto onde estão teus tamborins...
Pergunto onde estão teus tamborins...
Sentado na porta de minha casa,
a mesma e única casa,
a casa onde eu sempre morei.

sábado, 1 de setembro de 2007

Scrap sobre a comunicação orkutiana.
Não adiciono quem não conheço.
Mal falo com estranhos, a não ser que eles me interessem.
E poucos, na verdade, me interessam.
Um ou dois?
Sim, já conheci orkutianos adoráveis.
Claro que já!
Ah, sim! O scrap!

"não é tanto pelas tragédias que acontecem, não..
bem, disso quase nem tenho medo.
morrer é morrer.
se machucar em vida é o que é pior.
estou farta de mentiras, farta de ficar argumentando, de levar papos normais, sempre iguais.
Quero algo absurdo... se é que quero.
Bom, é o que eu menos deixo de repugnar no momento, se é que você me entende.
Mas é a vida...
orkut é uma loucura.
Rotina e senso comum é uma merda!"