quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

come on baby
come on, come on darling.
let's exchange the experience.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

VAIDADE


Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,
nem falar do que não sei,
nem procurar culpados,
nem acusar ou apontar pessoas,
mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,
sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, a volta, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde.
Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.
Cuide bem do seu amor, seja quem for.

Herbert Vianna

sábado, 19 de janeiro de 2008

JOKER

"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?"

Curinga: carta de baralho que pode assumir qualquer valor. Depende apenas da experiência, vontade e interesses daquele que a possui.

"Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso à parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte sem que ninguém sinta falta dele."


"O bobo da corte divertia o Rei e a corte. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao Rei. Com ironia mostrava as duas faces da realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do Rei. Muitas vezes se tratava de um deficiente físico (aleijado, corcundo), e em algumas tratava-se de um anão. Houve na história, casos de bobos da corte que se envolveram com integrantes da família real. E em apenas um caso acabou em tragédia, no século XVI na Espanha, quando o bobo da corte foi assassinado depois de se envolver com a princesa."

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

existe um trecho da estrada que se divide em dois.
ou você morre,
ou escolhe um novo jeito de existir.
eu escolhi o segundo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nostalgia...

É só o que sentem às vezes os jovens que se sentem velhos.
A nostalgia de encontrar uma recordação ou olhar alguma fotografia.
É o reconhecimento saudosista do que já se foi.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A gente sempre sabe quando uma coisa não irá dar certo.
Mesmo que passe pelo desejo profundo a arte de, até o fim dos tempos - fantasia o sonho, suportar tudo, esperar tudo, superar tudo.
Mas é só depois de um tempo que as ruas voltam a ser sólidas,
e se percebe que nem todas as cores eram as suas.
E que nem sempre o seu vermelho foi o mais vermelho.
A gente se irrita tanto com a vida que um dia foi um troféu...
Mas se entedia quase que sempre quando o velho ócio volta.
Continuo sem saber se a vida poderia ter sido diferente, desde cada ato, gesto ou palavra.
Não está tudo escrito em lugar nenhum.
"Percorrer metade do caminho não é o mesmo que tomar o caminho errado".
Nem o certo.
Precisa ser o certo?
Ou ainda, o certo existe?
Ainda continuo achando que não.
Aliás, algum dia teria de existir uma chave.
Ou não.
Ou sim.

Porque eu vou continuar falando tudo e não dizendo nada,
pois pra mim, algo diz alguma coisa.
E aí? Vamos viver?