segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Hoje eu tive impulsos infantis de beijar sua fotografia. Tive ânsia adolescente de lhe escrever um poema ou carta, sem que faltassem palavras. Eu lhe diria para ficar feliz, pois você consegui me conquistar. O tempo que estivemos juntos, tive a fome adulta de te beijar, de não deixar seus olhos fugirem dos meus. Tive a incerteza cruel sobre o futuro e as reflexões realistas de quando se procura algo a exigir. Tudo, quando não se precisa de mais nada. Imaginando o grande vazio que se instalaria em meu coração caso decidisse expulsar seu nome de minha vida. Tive receio de não ser tudo o que você esperava de mim, mas vi tudo lindo à minha volta. Estamos apaixonados, não pode ser tão ruim. Porque insistimos em achar um motivo para sofrer mesmo quando tudo é maravilhoso? Fico aqui esperando pelo silêncio mais profundo da madrugada, ouvindo frases chorosas de um violino, abraçando-te a toda hora em minha recordação. Agora beijo sua imagem quando queria beijar seus olhos, para depois adormecer em seus braços.

Lembro disso...

sábado, 29 de novembro de 2008

sinto saudades de quem não conheci.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

"Não pode existir uma civilização absoluta mundial, porque a própria idéia de civilização implica a coexistência de culturas oferecendo entre elas o máximo de diversidade. Neste aspecto, ninguém deu um golpe mais violento no racismo do que Lévi-Strauss – como bem observou Pierre Bourdieu – e, talvez, poucos pensadores ensinaram as sociedades do mundo a ser mais humildes."

Carlos Haag

http://g1.globo.com/VCnoG1/0,,MUL880216-8491,00-BLUMENAU+REVIVE+DRAMA+DAS+ENCHENTES+ANOS+DEPOIS.html
“Os animais que você come não são aqueles que devoram outros, você não come as bestas carnívoras, você as toma como padrão. Você só sente fome pelas criaturas doces e gentis que não ferem ninguém, que o seguem, o servem, e que são devoradas por você como recompensa de seus serviços.”
Jean-Jacques Rousseau

terça-feira, 25 de novembro de 2008

As ruas de Blumenau estão inundadas de lama.
Os olhos dos blumenauenses cheios de lágrimas
e seus corações cheios de luto.
A cidade que cantava e vibrava a um mês,
agora só lamenta.
O povo que se orgulhava de viver aqui,
a Alemanha brasileira,
que inventou a festa da cerveja
para livrar-se do prejuízo de uma fatalidade da natureza
há 25 anos,
vê-se devastada pelo mesmo motivo outra vez.
Mais do que as águas que caem dos céus,
as lágrimas e o sangue deste povo também enchem as ruas.
Tristeza.
E desgraça.
Blumenau está arrasada.
Blumenau está triste.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Havia coisas que me incomodavam bastante e que hoje nem tenho saco pra notar.
Como quando eu ficava com raiva da minha inconstância.
Hoje não mais.
Não tenho mais raiva, e sou menos inconstante.
Mas não menos impulsiva.
Do mesmo modo, não tenho deixado de lado nenhum tipo de vontade minha.
O que está ao meu alcance, vou e pego mesmo.
(Rodrigo, eu não estou falando de homens)
Isso aí é outra coisa... não existem "homens".
Existe um marido e um filho.
Só.

Outra coisa que me enchia o saco, deveras,
era aquela história de um bando de (per)seguidores anônimos quererem fazer tudo o que eu fazia, ouvir tudo o que eu ouvia, pintar o cabelo da mesmíssima cor que eu pintava e, pasme, almejar as mesma companhias que me cercavam.
Enchia o saco, eu disse, perturbava. Mas não chegava a me tirar a calma, não.
Era Barbara admirada.
Decerto porque ser Barbara Cherry Violet era o must. Era demais!
E ser eu mesma foi bom e ruim, como ser qualquer pessoa.

Ser eu mesma agora tem sido mais particular.
Eu gosto de estar longe. Gosto do meu introspecto e do mistério que se formou aqui.
E gosto de mais coisas que aqui não dá pra falar... hahaha...

Um dia as pessoas aprenderão a ser elas mesmas.
Ou ficarão eternamente copiando a quem elas AMAM.
Dessa maneira, só atrairão os que não detectam a sutileza da originalidade.
E eu...
Não estou incluída neste montante.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

who cares?

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

En el infierno me duermo
Porque el infierno es la unica verdad

terça-feira, 28 de outubro de 2008

"Só não se esqueça que atrás do veneno das palavras
sobra só o desespero de ver tudo mudar.


Talvez até porque
ninguém mude por você."

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Cara Ponta Grossa,
estou partindo.
Desculpe-me noticiar isso assim, desta maneira,
bem no dia do seu aniversário.
Mas não fosse dessa forma,
acabarias por saber por outro que não eu.
Estou indo embora, sim.
Tomara que não sintas minha falta.
Tens a muitos,
claro que ninguém igual a mim.
Nenhum dos seus é como o outro...
Pois bem, Ponta Grossa,
minhas razões são reais.
Pouco consigo ser feliz aqui.
Não que eu deteste o passado,
quem não gosta de sua história não ama a si.
Apenas acho que chegou o momento.
Não há mais a mesma sede de desfrutá-la.
Não há mais o que fazer.
Por favor, não me entenda mal.
Tanta certeza há nisso que sinto...
Se eu ficasse, acho que seria tudo igual,
e não quero mais auroras para colecionar sem viver.
Quero respirar ar puro
e fazer tudo outra vez.
Recomeçar de outra maneira,
quantas vezes eu sentir necessário.
Não sei qual o motivo
dessas duas décadas em sua companhia acabarem assim.
Não sei o que será de mim longe de ti.
Mas reforço,
vai ser melhor assim.
É o que mais anseio.
Vou continuar sendo sua filha,
continuar lembrando o que passei aqui.
E talvez sinta até saudades.
Sim, acho que sentirei.
Contudo não posso ficar,
espero que compreendas bem.
Ponta Grossa, estarei longe,
e nada impede-me de voltar.
Virei te visitar a cada ano para que não te esqueças de mim.
Não, eu não te esquecerei.
É o fim de uma parte da vida,
minha, mas não tua.
Sei que não irás sofrer,
apenas recorde meus passos pelas avenidas frias,
as quais não me anima mais o vento na face.
Recorde meus porres e risos,
minhas conquistas e sonhos que tu tentavas desvendar.
Se precisar eu volto, sim.
Mas por ora, preciso ir.
Pense na incerteza e na delícia que isso me traz,
torça por mim,
porque a partir de agora estarei sozinha.
Sozinha com a família que eu mesma criei,
começando tudo o que, espero, me orgulharei muito em breve.
Adeus, Ponta Grossa!
Adeus!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

aai, que dia cinza e frio!
mas o inverno está indo embora.
e eu também!

torce8
*o*

terça-feira, 9 de setembro de 2008

try try try

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Eu odeeeeeeeeiooo
essa modinha anime e mangá que dominou o mundo ocidental.
Porque se meter a japonês é cool!
É lindo fazer de conta que o cabelo é banhento e o olho se esforça para ver.
Aliás, acho que é um povo que não está com nada, fora o sushi.
Não me interessa a grande economia mundial em que eles estão favorecidamente colocados.
Não me interessa o dinheiro.
Odeio Harry Potter,
nunca consegui ver mais que meia hora do primeiro.
Acho infame o tal do High School Music,
e akela porcaria de Rebelde que graças a zeus e à fama passageira já passou.
Mas reclamar sobre isso é muito senso comum.
Então vá lá...
odeioooooo modinhas.
E não tem nada que eu odeie mais (nem pagode) em questão de música do que o Cansei se Ser Sexy, carinhosamente chamado "Nunca Fui Sexy". Hehe!
Pra mim aquilo lá é um cúmulo de gente feia, chata, metido a Björk (que também não suporto) e com arzinho indie. Blé!
E pra não me divertir mais um pouco com meu repúdio aos japas sem peito e bunda, vai aí o site piadista: http://desciclo.pedia.ws/wiki/Cansei_de_Ser_Sexy

Tá certo, até eu to enjoando disso.
Mas é que o mundo me indigna tanto!
E eu sou tão indignável! Hahahahaha!
Seria trágico se não fosse cômico! kkk
Esta é minha última reclamação sobre os outros.
Eu espero.
Eis que eu,
levando minha vida,
embriagadamente lúcida,
e não mais
lucidamente embriagada,
eis que eu, assim,
encontro quem me odeia.
Mas me odeia tanto
que quer ser como a mim.
Apossou-se de tudo o que era meu,
vestiu-se com minhas roupas,
mas não com a minha coragem,
e vive num mundo que não é seu.
É meu.
E então tal ser desprezível,
digno da mais profunda pena,
afunde-se em seu próprio lago de mentiras.
E procure os remos de outros barcos para te salvar.
Porque você já não é.
Você não tem propósito,
nem idéia,
nem vida.
Você é uma cópia,
uma imitação grotesca,
um clone mal feito.
Mas tudo bem,
você fez a sua escolha.
Saiba que o ridículo tem a sua cara.
E não a minha.

"Não existe um destino, apenas caminhos diferentes.
Algumas escolhas são fáceis outras não,
mas as que realmente importam são aquelas que nos definem como pessoas.
"

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"Well well
well,
what can I tell...
I've been out three more days but
I'm still doing swell
I fall in love everyday
but I never give my heart away
'Cause I still got some respect for you in the end

Only you can save me, girl
Don't you come any closer to the world you don't"

























Você não sabia o que estava dizendo...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Houve um dia que eu cansei.
Houve dias que se repetiam,
a cada três ou quatro dias.
Estava entediada,
os tempos exigiam de mim uma motivação que eu não tinha.
Começaram a se repetir com freqüência,
e o espaço entre um e outro diminuía.
Até que semanas se contagiaram com esse vírus maldito.
Todos os dias se tornaram febris,
cansativos,
infames.
Então cinco minutos olhando a chuva me reviviam outra vez.
E quando não chovia era o brilho do sol na parede que me animava.
No início eu reclamava, batia o pé.
Algumas vezes me deixava levar pela monotonia.
E vegetava.
Era um estado de morte não morrida,
de inércia que seca,
mas não chega a consumir.
Até que um lampejo de vida mudou tudo.
Cansada do mesmo tudo,
e de ouvir os que pranteavam sobre a mesma rotina,
decidi partir.
Como é de meu feitio jogar tudo para o alto,
desta vez o fiz, deveras,
Conservei apenas o que me é caro.
Abandonei a cidade que nasci,
arranquei os baobás que sufocavam a flor,
deixei pra trás quase todo o meu passado.
Porque começar tudo de novo, de fato,
era o que eu sempre precisei.
Vento novo em minha face,
novas vistas e,
clichê mesmo,
novos horizontes.
Não sei o que me espera,
nem quando vou chegar,
mas estou a caminho.
A euforia de viver é o que me impulsiona.
não importa onde eu esteja,
estarei livre.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

"Entre as tantas coisas que devem preocupar o ser humano, acha-se a de buscar a unidade dentro de si mesmo, para não se perder no labirinto de suas próprias contradições."
ODEIO PESSOAS NULISTAS

domingo, 24 de agosto de 2008

Minhas primeiras palavras resumem todo o conteúdo destes parágrafos.
Respeito à vida.
Somente quem já teve contrações e dores de parto sabe o quão custoso e ao mesmo tempo maravilhoso é criar uma vida.
Somente quem ainda se sensibiliza com a morte pensa quão absurdamente ela está banalizada.
Sobre a morte eu não sei, mas sobre a vida...
Acho que muitas pessoas não são dignas de gerarem vidas. Mesmo assim, esse direito lhes foi dado.
Pelo contrário, o direito de negar a vida (ou acabar com ela) não foi dado, me parece, a ninguém.
Sou contra a eutanásia, a pena de morte, o sacrífício, a caça e a pesca e o aborto.
O mundo evoluiu muito, mas continua a ser como era.
Lembro-me claramente de ler um texto sobre a reforma urbana no Rio de Janeiro, que desabrigou muitos em favor dos arranha-céus. Ele apontava que a modernidade não necessariamente indicava progresso.
O homem das cavernas caçava.
O homem da cobertura com piscina ainda caça.
Com a sutil diferença que o primeiro não sabia plantar, era nômade e não tinha registros da evolução que ocorrera anterior ao seu aparecimento.
O humano com o computador nos dedos não sabe respeitar. Ele acredita que tudo o que o cerca está exatamente ali para o satisfazer. Ele tem filhos para que estes o idolatrem, e não para que sejam felizes e livres. Os animais servem para alimentá-lo e morrerem em seus laboratórios para salvar sua pele. Ao contrário das premissas de Jesus Cristo, acredito que nenhum ser tem a função de servir.
O homem, grande homem, que criou a luz elétrica, compactuou com a eletrocução de condenados na fila da morte por medíocres interesses financeiros.
Quantos morreram por aquele invento, sr. Edison?
Tudo por uma razão simples. O homem tem sempre que ganhar. Ganhar do mais fraco, ganhar do equivocado, ganhar de si mesmo, ganhar de quem está do lado de fora do ringue. Não interessa qual a situação, uma condenação não redime a outra. O carrasco não é mais correto que o enforcado por assassínio.
Grande evolução, meus amigos homens!
E, minhas amigas mulheres, também falo de vocês. Que direito pensam ter sobre os pequenos que só de vocês dependem, e são sujeitos à morte, sem defesa?
Seu direito se restringe a seu corpo. Quando um corpo a mais está em jogo, sua vontade não é mais a lei. A fragilidade acaba sempre cedendo.
Não é possível que não se enxergue os olhos brilhantes de um animal que ama sua vida e implora para continuar com ela. É incrível a contradicão com que as pessoas pelo tratamento ético dos animais continuam sacrificando vidas ao invés de estarem tentando salvá-las.
Não interessa qual o risco, qual o tamanho da moléstia a que um animal esteja acometido. Ele tem a grandeza de tentar, de ainda amar a sua vida, mesmo que dela só reste uma fração.
É invejável a determinação que um cachorro velho ainda tem para procurar seu pote de comida, mesmo cego, surdo ou fraco. Por que será? Obviamente ele quer viver! Ele valoriza os segundos que lhe restam, não importa quão custoso isso lhe seja. Mas aí aparece um humano piedoso e lhe aplica uma injeção que promete acabar com o seu sofrimento. E um dos seus últimos gestos, pasmem, é lamber-lhe a mão.
Por isso, meus caros amigos, não tentem me convencer que há algo de piedoso nisso. Tampouco me digam o quanto é maravilhoso comer um churrasco ou elegante usar um casaco de peles, porque como viram, não me agrada em nada a selvageria. E não venham me dizer que há justiça em interferir no curso da vida de quem quer que seja, porque pra mim, isso não passa de um ciclo de atrocidades que é baseado no desrespeito.
Particularmente, há uma boa base para sustentar meus pressupostos, mas como disse, devido ao livre arbítrio, há quem confronte essas idéias, que se caracterizam como simples opinião.
Pois mais vale uma opinião em que se acredita veementemente que a submissão. Contudo, até mesmo quem tem fé cega põe créditos nas suas palavras. O que não tolero é, justamente a falta dela e de senso, já que a ética não penetra em cada consciência.
Termino por endossar que nenhum outro aspecto em minha vida é tão esclarecido quanto este.
A vida é a única coisa que muitos têm.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

para minha timidez absurda,
soma.
para minha vontade de sumir,
soma.
para as vezes em que minha voz não saiu,
soma.
pelo meu clamor por ética,
soma.
para a insegurança,
soma.
para acordar,
soma.
para estar atento quando não se precisa,
soma.
para dormir quando lhe falam,
soma.
para tudo o que eu não quero e para o que me deixa sem saída,
soma, soma, soma.

"Uma das coisas que aprendi com pessoas de grande sabedoria
é saber sair de cena, deixar o palco, sair da roda,
mudar de assunto.
Saber o momento exato
de fazer com que os holofotes fiquem
sobre os outros e não sobre você.
No mundo competitivo em que vivemos
a sua presença “marcante” pode marcar demais.
A sua idéia “brilhante” pode brilhar demais.
A forma “inovadora” de pensar pode inovar demais.
E nem sempre as pessoas estão dispostas
a deixar você brilhar impunemente.

É hora de sair de cena.
Nem que seja por um tempo.
É preciso fazer os outros pensarem que você desistiu.
É preciso dar a chance das pessoas acharem
que você não quer mais estar no palco.
Mas saber sair de cena é uma arte tão importante
quanto saber entrar em cena.

Todo ator sabe disso.
Assim, é preciso sair de cena com classe.
É preciso sair de cena com a discrição de um lorde inglês.
Quando as pessoas sentem-se ameaçadas por você
e começam a ter respostas agressivas desproporcionais,
talvez seja a hora de sair de cena.

Quando você,
sem ter desejado ou planejado,
começa a aparecer muito na sua área de atuação ou
no seu setor de trabalho,
talvez seja a hora de sair de cena por um tempo.
Saber sair de cena é também saber mudar de assunto.
Quando as pessoas vêm lhe perguntar
comentar sobre o seu sucesso, sobre seus bens materiais,
seu possível enriquecimento, etc.
querendo fazer você falar sobre você
– é hora de mudar de assunto.
É hora de sair de cena.

Os sábios sabem
que você nada ganhará falando de você
mesmo para os outros.
Nem bem, nem mau.
Mude de assunto.

Saia de cena.
Não caia nessa armadilha.
Quando o embate se dará com poderosos
e você conhece o poder destrutivo desses poderosos,
pense bem antes de entrar no combate.

Talvez você ganhe mais saindo de cena.
Deixe a briga de cachorro grande para grandes cães.
Saiba sair de cena.

Você terá outras oportunidades.
Você ganhará outras batalhas com menos estresse,
com menores esforços.
É preciso fazer um grande esforço de sabedoria
para saber quando sair de cena.

É preciso ter uma grande capacidade artística
para saber como sair de cena.
Será que temos tido a sabedoria
e a arte de sair de cena,
deixar o palco,
mudar de assunto,
na hora certa, no momento exato ?

Pense nisso!

Sem estresse:

A hora de falar vem sempre depois da hora de ouvir!"

Luis Almeida Marins Filho

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Das Vantagens de Ser Bobo
Clarice Lispector

O bobo,
por não se ocupar com ambições,
tem tempo para ver,
ouvir,
tocar no mundo.

O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas.
Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde:
"Estou fazendo, estou pensando."

Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída
porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza,
e o bobo tem originalidade,
espontaneamente lhe vem a idéia.

O bobo tem oportunidade de ver coisas
que os espertos não vêem.
Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias
que se descontraem diante dos bobos,
e estes os vêem como simples pessoas humanas.

O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.
O bobo parece nunca ter tido vez.
No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.

Há desvantagem, obviamente.
Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão:
ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco.
Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona.
Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.

Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé,
não desconfiar, e portanto estar tranquilo.
Enquanto o esperto não dorme à noite com medo de ser ludibriado.
O esperto vence com úlcera no estômago.
O bobo não percebe que venceu.
Aviso: não confundir bobos com burros.
Desvantagem: pode receber uma punhalada de quem menos espera.
É uma das tristezas que o bobo não prevê.
César terminou dizendo a célebre frase: "Até tu, Brutus?"

Bobo não reclama. Em compensação, como exclama!

Os bobos, com todas as suas palhaçadas,
devem estar todos no céu.
Se Cristo tivesse sido esperto não teria morrido na cruz.

O bobo é sempre tão simpático que há espertos que se fazem passar por bobos.
Os espertos ganham dos outros.
Em compensação, os bobos ganham a vida.

Bem-aventurados os bobos porque sabem sem que ninguém desconfie.
Aliás não se importam que saibam que eles sabem.

Há lugares que facilitam mais as pessoas serem bobas
(não confundir bobo com burro, com tolo, com fútil).
Minas Gerais, por exemplo, facilita ser bobo.
Ah, quantos perdem por não nascer em Minas!
Bobo é Chagall, que põe vaca no espaço, voando por cima das casas.

É quase impossível evitar excesso de amor que o bobo provoca.
É que só o bobo é capaz de excesso de amor.
E só o amor faz o bobo.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

e com isso, senhoras e senhores, encerra-se um ciclo de quase 5 anos.
adiós.
no alarms and no surprises, please.




silence...























...










































silence...
Rod
gatonaaaaaaaa que dorme abraçadinha comigo..... casadinha... igual docinho... e dá xilique de noite... e chuta o travesseiro... ahauahua



lindaaaaaaaaaaaaaaassssssssssssssssssss




=)

Wescley Tiago
Vermelho: (do latim vermillus)
Cor do sangue. No limite do visível do espectro luminoso . Conhecida como escarlate ou encarnado. Cor-luz primária e cor-pigmento secundária, resultante da mistura de amarelo e magenta.

O coração. O fogo. O morango. O sangue. A cereja. O rubi. A lava. O amor.

Força.
Dinamismo.
Exaltante e até enervante.
Impõe-se sem discrição. Essencialmente quente, transbordante de vida e de agitação.

Simplesmente bárbaro.
Simplesmente Bárbara.

Anna *¨©ä®ö£¨*
Barbie, essa é única...bem sou suspeita pra falar dessa guria, a gente é amigona não desde o primeiro ano da facu mas sempre gostei muito de ti, e nesse ano nos aproximamos mais né Chuchu e tenho certeza que nossa amizade vai durar mtooo mais que esses quatro anos...estudiosa, adora fazer funk(Que mão é essa não sou a tua irmã!!)hehehe,é também uma ótima pessoa, tem um coração enorme, é mãezona, sincera e tá sempre disposta a dar uns conselhos e um colinho qdo eu preciso!!
Bah, lembra que pode contar com a amigona aqui sempre, pra rir, pra chorar, pra desabafar, pra ir pras baladas...afinal,amiga é pra essas coisas né??
TE ADORO MTOOO,MTOOO!!

André "Cupim"
pozagora... o que dizer dessa mocinha?? Nem sei como, mas a encontrei no icq milênios atrás, e sempre nos demos muito bem. Mas, o massa é que ainda nos damos bem! Sou feliz de ter pegado a Barbara em duas épocas distintas, a de antes e a de hoje... mas, se fosse pra escolher qual das duas escolheria, escolheria a que está por vir, se ainda me aceitar como amigo, claro ;-)
Te adoro, Babi! Aaaah, mas não briga comigu, né? hihiihihih :P

disponível para bate-papo Rafael
Bom o que eu posso falar d vc.... Um anjo em forma de mulher, uma das pessoas + maravilhosas que eu conheci pela net. Quanto tempo né anjo?! Acho que quase 5 anos já tc com ela e putz, s eu morrase ai no sul tava casado com ela com certeza!! Anjo t adoro d montão!!!! No final do ano espero que de tudo certo e possamos estar juntos!! Só para não perder o costume...
EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!! EU TE ADORO!!!!!!!!!!!

terça-feira, 22 de julho de 2008

Evoluir.
Porque a vida sempre igual é para os inseguros.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Eu não vou perder
pelo medo de perder.
Posso perder por inocência
negligência
pelo destino.
Mas medo nenhum me impede
de estar à espreita da sorte,
de poder vasculhar imprevistos.
A saber,
aventura é a pior das drogas.
Nunca se ouviu falar
de alpinista que não tivesse tentado monte mais alto.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

ahhhhhhhhhh... pega no meu pau!

domingo, 29 de junho de 2008

"E nunca lamente nada que tenha feito você sorrir"

segunda-feira, 23 de junho de 2008

às vezes parece que vou ter que matar meio mundo.

sábado, 3 de maio de 2008

Quem sou eu:


Um canguru.

Vermelho.


Eu sou uma música.
http://www.youtube.com/watch?v=xKMtu4bGQzs

Eu sou um poema.
http://www.youtube.com/watch?v=80jO9cGVBSY

Eu sou uma causa.
http://www.petitiononline.com/cfm91082/petition.html

Eu sou tantos olhares...
http://cherry-zombie-stock.deviantart.com/

Meu coração vive cheio de amor e deserto.
Eu sou uma hipérbole de antíteses.
Sou um amontoado de passados, presentes e futuros, que se intercalam, se fundem e se separam de um modo que eu nunca conseguirei explicar.


"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, idéias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição" Voltaire

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Era uma vez uma menina.
E ela cresceu e ainda vivia chamando a si própria de menina.
É engraçado como a vida parece várias coisas ao mesmo tempo.
Porque parece que foi ontem que ela se aborrecia com a solidão que dizem não existir na infância.
Todos os dias serviam para esperar crescer e viver a própria vida.
E esse tempo chegou, mas nunca se pode perceber com clareza.
Quando se é criança, a gente pensa que vai virar uma outra pessoa super-poderosa quando virar adulto.
Só que não se vira adulto.
(...)
Bem, é claro que é ótimo se sentir mais confiante.
Mas é mais solitário também.
E não adianta encontrar alguém, porque nem todos os minutos se pode compartilhar o que acontece por dentro.
O negócio é encarar que a vida é mesmo solitária,
que o silêncio às vezes é o melhor remédio.
E eu não vou deixar de ser feliz às vezes porque minha cabeça é igual novelo de lã.
Não é mais difícil me aceitar porque eu tenho o dom de não mentir pra mim.
Auto-sinceridade foi a melhor coisa que eu já desenvolvi.
(Fora o Allan)

terça-feira, 1 de abril de 2008

"Não quero o teu alpiste!

Gosto mais do alimento que procuro na mata livre

em que a voar me viste.

Tenho água fresca num recanto escuro.

Da selva em que nasci;

da mata entre os verdores,

tenho frutos e flores,

sem precisar de ti!


Não quero a tua esplêndida gaiola!

Pois nenhuma riqueza me consola

de haver perdido aquilo que perdi...

Prefiro o ninho humilde,

construído de folhas secas,

plácido, e escondido.

Entre os galhos das árvores amigas...


Solta-me ao vento e ao sol!

Com que direito à escravidão me obrigas?

Quero saudar as pompas do arrebol!

Quero, ao cair da tarde,

entoar minhas tristíssimas cantigas!


Por que me prendes?

Solta-me, covarde!

Deus me deu por gaiola a imensidade!

Não me roubes a minha liberdade...

QUERO VOAR! VOAR!"

terça-feira, 25 de março de 2008

tô de mau-humor.
isso não explica nada.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Hoje eu cheguei no restaurante e me surpreendi com tanta coisa agradável.
Primeiro, música ao vivo, cortando o barulho insistente dos talheres e pratos na cozinha.
Depois logo vi que tinha batata frita.
E melancia!!
Todo mundo sabe que as grávidas adoram melancia!
E logo me perguntei, por quê?
Amanhã é o Dia Internacional da Mulher, deve ser por isso.
Dia do sexo feminino,
dia das garotinhas.
Os homens falam, fazem e acontecem,
mas não vivem sem nós.
Primeiro é a mãe...
qualquer criança tem na mãe uma Deusa,
pelo menos enquanto dura a pureza da infância.
A mãe pode ser o que for,
é sempre a mãe, e é sempre deusa.
Depois a professora,
tão cuidadosa e carinhosa ensinando as primeiras letrinhas...
E são tantas as mulheres em todas as vidas!
Amanhã é nosso dia.
Dia Internacional do reconhecimento.
É um dia só em 365 que simboliza a nossa luta,
que homenageia o nosso jeito tão particular de ser o sexo das emoções,
o sexo das pequenas neuroses e da delicadeza.
Um parabéns grande a nós que somos verdadeiramente mulheres.
Que estudamos, trabalhamos, satisfazemos nossos pais e nossos maridos,
lutamos e nos empenhamos
para sermos felizes num espaço que nem sempre admite nossa atuação.
Um salve a todas nós
que somos o sexo frágil mesmo sentindo contrações de parto,
que suportamos tantas perdas,
que nos recuperamos tão bem de tantas quedas.
A nós mulheres de verdade,
que merecemos ser chamadas assim.
Que choramos, sim,
e daí?
Não nos envergonhamos de não sermos sempre fortes.
Porque admitimos que queremos colo às vezes.
O mundo é deles,
e o mundo é nosso.
Nos permitimos unir e formar a humanidade.
Não somos egoístas,
porque sabemos que do equilíbrio vem a criação.
A mulher da vida deles...
a mãe, a amada, a avó...
Verdadeiras mulheres!
Hoje e sempre o mundo sentirá nosso valor e nossa força!

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

O Paradoxo de Nosso Tempo

Hoje temos edifícios mais altos,
mas pavios mais curtos.
Auto-estradas mais largas,
mas pontos de vista mais estreitos.
Gastamos mais, mas temos menos.
Nós compramos mais, mas desfrutamos menos.
Temos casas maiores e famílias menores.
Mais conhecimento e menos poder de julgamento.
Mais medicina, mas menos saúde.
Bebemos demais, fumamos demais,
gastamos de forma perdulária,
rimos de menos,
dirigimos rápido demais,
nos irritamos facilmente.
Ficamos acordados até tarde,
acordamos cansados demais...
Multiplicamos nossas posses,
mas reduzimos nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente
e odiamos com muita frequência.
Aprendemos como ganhar a vida,
mas não vivemos essa vida.
Fizemos coisas maiores, mas não coisas melhores.
Limpamos o ar, mas poluimos a alma.
Escrevemos mais, mas aprendemos menos.
Planejamos mais, mas realizamos menos.
Aprendemos a correr contra o tempo,
mas não a esperar com paciencia.
Temos maiores rendimentos, mas menos padrão moral.
Tivemos avanços na quantidade, mas não em qualidade.
Esses são tempos de refeições rápidas e digestão lenta,
de homens altos e carater baixo,
lucros expressivos, mas relacionamentos rasos.
Mais lazer, mas menos diversão.
Maior variedade de tipos de comida, mas menos nutrição.
São dias de viagens rápidas,
fraldas descartáveis e moralidade também descartável
e pilulas que fazem de tudo:
alegrar, aquietar, matar...

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Universos Paralelos Comprovados


Está provada a existência de universos paralelos, de acordo com uma descoberta matemática de cientistas de Oxford.

A primeira teoria do universo paralelo, proposta em 1950 pelo físico Norte Americano Hugh Everett, ajuda a explicar os mistérios da mecânica quântica que durante décadas permanecerá uma incógnita. No universo de "inúmeros mundos" de Everett, cada vez que uma possibilidade física é explorada, o universo divide-se. Atribuindo-se um número de possíveis resultados, cada qual é descriminado - no seu próprio universo.
Um motorista que não morra por um triz, por exemplo, pode sentir-se aliviado pela sua sorte, mas num universo paralelo ele pode ter morrido. Ainda outro universo irá assistir à recuperação do motorista depois de ser tratado no hospital. O número de possíveis cenários é infinito.

A idéia é bizarra, e por isso mesmo relegada por muitos experts na matéria. Mas uma pesquisa de Oxford empresta uma resposta matemática aos enigmas quânticos que não pode ser facilmente descartada, sugerindo que o Dr. Everett - estudante de Phd na Princeton University quando inventou a teoria - estava no caminho certo. Comentando na revista New Scientist, o Dr. Andy Albrecht, físico da University of California, afirma: "Esta pesquisa é um dos mais importantes avanços na história da ciência".

De acordo com a mecânica quântica, numa escala sub-atômica, não se pode afirmar que algo existe até que seja observado. Até agora se observou que as partículas ocupam estados nebulosos de "superposição", nos quais poderão ter spins simultâneos para "cima" e para "baixo", ou se apresentem em diferentes locais aomesmo tempo.

A observação parece "aprisionar" um estado particular da realidade, da mesma forma que se pode dizer que uma moeda que gira é "cara" ou "coroa" quando é apanhada. De acordo com a mecânica quântica, as partículas não-observadas são descritas por "funções de onda", representando uma quantidade de múltiplos estados "prováveis". Quando o observador mede, a partícula se acomoda a uma dessas múltiplas opções.

A equipe de Oxford, liderada pelo Dr. David Deutsch, mostrou matematicamente que a estrutura tipo "arbusto" - criada pelo universo que se divide em paralelas versões de si mesma - pode explicar a natureza de probabilidades dos resultados quânticos.

Fonte: My tourette;
Telegraph.co.uk

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

come on baby
come on, come on darling.
let's exchange the experience.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

VAIDADE


Cirurgia de lipoaspiração?
Pelo amor de Deus, eu não quero usar nada nem ninguém,
nem falar do que não sei,
nem procurar culpados,
nem acusar ou apontar pessoas,
mas ninguém está percebendo que toda essa busca insana pela estética ideal é muito menos lipo-as e muito mais piração?
Uma coisa é saúde outra é obsessão.
O mundo pirou, enlouqueceu.
Hoje, Deus é a auto imagem.
Religião, é dieta.
Fé, só na estética.
Ritual é malhação.
Amor é cafona, sinceridade é careta, pudor é ridículo,
sentimento é bobagem.
Gordura é pecado mortal.
Ruga é contravenção.
Roubar pode, envelhecer, não.
Estria é caso de polícia.
Celulite é falta de educação.
Filho da puta bem sucedido é exemplo de sucesso.
A máxima moderna é uma só: pagando bem, que mal tem?
A sociedade consumidora, a que tem dinheiro, a que produz, não pensa em mais nada além da imagem, imagem, imagem.
Imagem, estética, medidas, beleza.
Nada mais importa.
Não importam os sentimentos, não importa a cultura, a sabedoria, o relacionamento, a amizade, a ajuda, nada mais importa.
Não importa o outro, a volta, o coletivo.
Jovens não tem mais fé, nem idealismo, nem posição política.
Adultos perdem o senso em busca da juventude fabricada.
Ok, eu também quero me sentir bem, quero caber nas roupas, quero ficar legal, quero caminhar, correr, viver muito, ter uma aparência legal mas...
uma sociedade de adolescentes anoréxicas e bulímicas, de jovens lipoaspirados, turbinados, aos vinte anos não é natural.
Não é, não pode ser.
Que as pessoas discutam o assunto.
Que alguém acorde.
Que o mundo mude.
Que eu me acalme.
Que o amor sobreviva.
Cuide bem do seu amor, seja quem for.

Herbert Vianna

sábado, 19 de janeiro de 2008

JOKER

"Você já pensou que num baralho existem muitas cartas de copas e de ouros, outras tantas de espadas e de paus, mas que existe apenas um curinga?"

Curinga: carta de baralho que pode assumir qualquer valor. Depende apenas da experiência, vontade e interesses daquele que a possui.

"Um curinga é um pequeno bobo da corte; uma figura diferente de todas as outras. Não é nem de paus, nem de ouros, nem de copas e nem de espadas. Não é oito, nem nove, nem rei e nem valete. É um caso à parte; uma carta sem relação com as outras. Ele está no mesmo monte das outras cartas, mas aquele não é seu lugar. Por isso pode ser separado do monte sem que ninguém sinta falta dele."


"O bobo da corte divertia o Rei e a corte. Declamava poesias, dançava, tocava algum instrumento e era o cerimoniário das festas. De maneira geral era inteligente, atrevido e sagaz. Dizia o que o povo gostaria de dizer ao Rei. Com ironia mostrava as duas faces da realidade, revelando as discordâncias íntimas e expondo as ambições do Rei. Muitas vezes se tratava de um deficiente físico (aleijado, corcundo), e em algumas tratava-se de um anão. Houve na história, casos de bobos da corte que se envolveram com integrantes da família real. E em apenas um caso acabou em tragédia, no século XVI na Espanha, quando o bobo da corte foi assassinado depois de se envolver com a princesa."

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

existe um trecho da estrada que se divide em dois.
ou você morre,
ou escolhe um novo jeito de existir.
eu escolhi o segundo.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nostalgia...

É só o que sentem às vezes os jovens que se sentem velhos.
A nostalgia de encontrar uma recordação ou olhar alguma fotografia.
É o reconhecimento saudosista do que já se foi.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

A gente sempre sabe quando uma coisa não irá dar certo.
Mesmo que passe pelo desejo profundo a arte de, até o fim dos tempos - fantasia o sonho, suportar tudo, esperar tudo, superar tudo.
Mas é só depois de um tempo que as ruas voltam a ser sólidas,
e se percebe que nem todas as cores eram as suas.
E que nem sempre o seu vermelho foi o mais vermelho.
A gente se irrita tanto com a vida que um dia foi um troféu...
Mas se entedia quase que sempre quando o velho ócio volta.
Continuo sem saber se a vida poderia ter sido diferente, desde cada ato, gesto ou palavra.
Não está tudo escrito em lugar nenhum.
"Percorrer metade do caminho não é o mesmo que tomar o caminho errado".
Nem o certo.
Precisa ser o certo?
Ou ainda, o certo existe?
Ainda continuo achando que não.
Aliás, algum dia teria de existir uma chave.
Ou não.
Ou sim.

Porque eu vou continuar falando tudo e não dizendo nada,
pois pra mim, algo diz alguma coisa.
E aí? Vamos viver?