sábado, 3 de maio de 2008

Quem sou eu:


Um canguru.

Vermelho.


Eu sou uma música.
http://www.youtube.com/watch?v=xKMtu4bGQzs

Eu sou um poema.
http://www.youtube.com/watch?v=80jO9cGVBSY

Eu sou uma causa.
http://www.petitiononline.com/cfm91082/petition.html

Eu sou tantos olhares...
http://cherry-zombie-stock.deviantart.com/

Meu coração vive cheio de amor e deserto.
Eu sou uma hipérbole de antíteses.
Sou um amontoado de passados, presentes e futuros, que se intercalam, se fundem e se separam de um modo que eu nunca conseguirei explicar.


"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, idéias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento. Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias. Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição" Voltaire