terça-feira, 26 de junho de 2007

O primeiro encontro ideal

O primeiro encontro ideal

Eu olhei pra ele,

ele olhou pra mim.
Os corações bateram mais rápido,
medo, ansiedade.
Uma batida policial...
O primeiro encontro

Estava a menina a andar por ali... quando levantou os olhos e encontrou os dele.

"Meu deus! ... Meu deus!"
Ele a olhava com um sorriso no olhar.
"O que eu faço agora?
Meus deus, vou desmaiar!"
Pior que isso, ele foi se aproximando. Devagar. Estava quase à sua frente quando ela baixou os olhos.
"Droga, droga, droga!
Preciso olhar pra ele!"
Olhe pra ele!
"Tá, vou olhar!"
Então olhe!
"Já olho!"
Levante os olhos!
"Tá, tá! Calma!"
Já!
Levantou os olhos.
"Minha nossa! Ele está na minha frente!
Aiiii! Ele é...
Ele é...
Ele é perfeito!
Meu deus, ele é lindo!
É maravilhoso!
O que ele tá fazendo na minha frente?
O que ele..."
-Oi...
"Ah meu deus! Ele me disse 'oi'"
Responda!
"Responda o quê?"
Responda o que ele disse! Qualquer coisa!
"Responder, tá... calma!"
Anda logo! Responda!
"Não consigo...
olhe esses olhos!"
Responda logo!!
"Tão brilhantes, tão sinceros, tão perfeitos!
Eu dormiria e acordaria todo dia ao seu lado pra não sair de perto desses olhos.
Você nem sabe, mas eu já te conhecia.
Você é o amor da minha vida, e eu penso em você todos os dias.
Eu não sou idiota, sabe...
Eu queria que você me conhecesse...
Eu sei que a gente daria certo como ninguém"
Fale!!!!
"Estou tremendo"
Tem de ser rápido!
"Falo isso?"
Fale!!
Não! Tá louca? Ele vai achar que você é retardada!
"Mas eu o amo!"
Não vai falar!
Fale sim! Você precisa falar algo.
"Mas esses olhos me hipnotizam! Não consigo mover meus lábios!"
Fale!
Não fale!
"Vou falar!"
Ele a olhava com estranheza.
Ela o olhava com fascínio.
"Eu te amo!"
-Você está bem?
Você está piorando as coisas!
"Eu não..."
Você estragou tudo!
"Nããão! Estraguei nada!"
Você é retardada mesmo!!!
"Ele vai ver em meus olhos o quanto o quero"
Ele nem sabe seu nome!!
"Eu..."
Ele a olhou por diversos minutos, até que tivesse concluído que ela era surda, ou muda, ou imbecil mesmo. Sorriu sem jeito. Virou as costas. Foi embora.

sábado, 23 de junho de 2007

"Que a força do medo que tenho
não me impeça de ver o que anseio.


Que a morte de tudo em que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.


Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio.


Que a música que ouço ao longe seja linda,
ainda que tristeza.


Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada,
mesmo que distante.


Porque metade de mim é partida
mas a outra metade é saudade.


Que as palavras que eu falo não sejam ouvidas como prece
nem repetidas com fervor,

Apenas respeitadas como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.


Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.


Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz que eu mereço.


E que essa tensão que me corroe por dentro
seja um dia recompensada.


Porque metade de mim é o que penso
mas a outra metade é um vulcão.


Que o medo da solidão se afaste,
e que o convívio comigo mesmo se torne ao menos suportável.


Que o espelho reflita em meu rosto
um doce sorriso que eu me lembro de ter dado na infância.


Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei...


Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.


E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo,
mas a outra metade é cansaço.


Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente
complicar
porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.


Porque metade de mim é a platéia
e a outra metade é canção.


E que minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor
e a outra metade...
Também. "

Oswaldo Montenegro

"A poesia não morreu. Ta por aí, disfarçada.
Raramente se veste de rimas, pra não ser reconhecida.
Só de vez em quando aparece, assim mesmo de noite, medrosa que está de ser chamada de piegas.
Os poetas se esbarram, disfarçados como agentes secretos.
Fingem que não são, se travestem de práticos e fazem pose de “frios”.
De vez em quando um boato: “Foi vista uma poesia no subúrbio. Ninguém comprovou, mas dizem...”
Mas se a poesia não morreu, o que havia no caixão, no enterro dela?
Há quem sustente que era a “certeza absoluta”. Pode ser, já que esta, ninguém nega: está morta.
É levada da breca, essa menina poesia.
Como Peter Pan, jamais cresceu.
Pula do olho da avó pra menininha negra, batendo palmas diante do bolinho de seus três anos.
Anda em passarinhos, em noites de lua e em cada saudade que alguém tem coragem de confessar.
Tem um caso com o amor, embora já tenha sido vista sem ele.
Virou moderna, a poesia – quase feminista.
Nenhuma criança duvida da sua existência, daí a maioria dos adultos não acreditarem nela.
É como Papai Noel: existe sempre que alguém faz algo e lhe atribui o gesto.
Jamais aparece na política, mas ta sempre nos olhos do prefeito quando ele vê sua filha dormindo.
Jamais a poesia é visível na cidade grande, mas ta sempre no olho do menino que anda por ela.
Enquanto discutem se ela morreu, a poesia zela por nós, aconchega nossas dores e descrenças como um amigo que desse as mãos a Deus, pra levá-Lo aos humanos."

Oswaldo Montenegro

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Os sociopatas são caracterizados pelo desprezo pelas obrigações sociais e por uma falta de consideração com os sentimentos dos outros. Eles exibem egocentrismo patológico, emoções superficiais, falta de auto-percepção, pobre controle da impulsividade (incluindo baixa tolerância para frustração e limiar baixo para descarga de agressão), irresponsabilidade, falta de empatia com outros seres humanos e ausência de remorso, ansiedade e sentimento de culpa em relação ao seu comportamento anti-social. Eles são geralmente cínicos, manipuladores, incapazes de manter uma relação e de amar. Eles mentem sem qualquer vergonha, roubam, abusam, trapaceiam, negligenciam suas famílias e parentes, e colocam em risco suas vidas e a de outras pessoas. O pesquisador canadense Robert Hare, um dos maiores especialistas do mundo em sociopatia criminosa, os caracteriza como "predadores intra-espécies que usam charme, manipulação, intimidação e violência para controlar os outros e para satisfazer suas próprias necessidades. Em sua falta de consciência e de sentimento pelos outros, eles tomam friamente aquilo que querem, violando as normas sociais sem o menor senso de culpa ou arrependimento."

Os sociopatas são incapazes de aprender com a punição, e de modificar seus comportamentos. Quando eles descobrem que seu comportamento não é tolerado pela sociedade, eles reagem escondendo-o, mas nunca o suprimindo, e disfarçando de forma inteligente as suas características de personalidade. Por isso, os psiquiatras usaram no passado o termo "insanidade moral" ou "insanité sans délire" para caracterizar esta psicopatologia. Um sociopata clássico foi Donatien-Alphonse-François de Sade (1740-1814), um nobre francês cuja preferências sexuais perversas e novelas (tais como Justine) originaram o termo sadismo.

O indivíduo sociopata geralmente exibe um charme superficial para as outras pessoas e tem uma inteligência normal ou acima da média. Não mostra sintomas de outras doenças mentais, tais como neuroses, alucinações, delírios, irritações ou psicoses. Eles podem ter um comportamento tranqüilo no relacionamento social normal e têm uma considerável presença social e boa fluência verbal. Em alguns casos, eles são os líderes sociais de seus grupos. Muito poucas pessoas, mesmo após um contato duradouro com os sociopatas, são capazes de imaginar o seu "lado negro", o qual a maioria dos sociopatas é capaz de esconder com sucesso durante sua vida inteira, levando a uma dupla existência. Vítimas fatais de sociopatas violentos percebem seu verdadeiro lado apenas alguns momentos antes de sua morte.

O mais assustador é o fato que entre 1 e 4% da população é sociopata em maior ou menor escala. Claro, a maioria das pessoas com DPA não é criminosa e é capaz de se controlar dentro dos limites da tolerabilidade social. Eles são considerados somente como "socialmente perniciosos", ou têm personalidade odiosas, e cada um de nós conhece alguém que se ajusta a esta descrição. Políticos corruptos e cínicos, que sobem rapidamente na carreira, líderes autoritários, pessoas agressivas e abusadoras, etc., estão entre eles. Uma característica comum é que eles se engajam sistematicamente em enganação e manipulação de outros para ganhos pessoais. De fato, muitos sociopatas não-violentos e adaptados podem ser encontrados em nossa sociedade. Um estudo epidemiológico do NIMH registrou que somente 47% daqueles que eram caracterizados como tendo DPA tinham uma história de processo criminal significativo. Os eventos mais relevantes para estas pessoas ocorrem na área de problemas de trabalho, violência doméstica, tráfico e dificuldades conjugais severas. Muitas pessoas evitam indivíduos com este distúrbio de personalidade porque eles são irritáveis, argumentadores e intimidadores. Seu comportamento frequentemente é rude, impredizível e arrogante.

A sociopatia é reconhecida precocemente em um indivíduo: ela começa na infância ou adolescência e continua na vida adulta (o diagnóstico é possível em torno de 15 a 16 anos). Crianças sociopatas manifestam tendências e comportamentos que são altamente indicativos de seu distúrbio. Por exemplo, eles são aparentemente imunes a punição dos pais, e não são afetados pela dor. Nada funciona para alterar seu comportamento indesejável, e consequentemente os pais geralmente desistem, o que faz a situação piorar. Os sociopatas violentos mostram uma história de torturar pequenos animais quando eles eram crianças e também vandalismo, mentiras sistemáticas, roubo, agressão aos colegas da escola e desafio à autoridade dos pais e professores.
No entanto, apenas uma pequena fração dos sociopatas se desenvolve em criminosos violentos, estrupradores e assassinos seriais. Em casos mais severos, a doença pode evoluir para canibalismo e rituais sádicos de tortura e morte, frequentemente de natureza bizarra. Há um amplo consenso que estas formas extremas de sociopatia violenta são intratáveis e que seus portadores devem ser confinados em celas especiais para criminosos insanos por toda a vida.Um sociopata típico deste tipo foi retratado por Dr. Hannibal "O Canibal" Lecter no filme e livro "O Silêncio dos Inocentes".

Os próprios sociopatas se descrevem como "predadores" e geralmente são orgulhosos disto. Eles não têm o tipo mais comum de comportamento agressivo, que é o da violência acompanhada de descarga emocional (geralmente raiva ou medo) e nem ativação do sistema nervoso simpático (dilatação das pupilas, aumento dos batimentos cardíacos e respiração, descarga de adrenalina, etc). Seu tipo de violência é similar à agressão predatória, que é acompanhada por excitação simpática mínima ou por falta dela, e é planejado, proposital, e sem emoção ("a sangue-frio"). Isto está correlacionado com um senso de superioridade, de que eles podem exercer poder e domínio irrestrito sobre outros, ignorar suas necessidades e justificar o uso do que quer que eles sintam para alcancar seus ideais e evitar consequências adversas para seus atos. Por exemplo, em Justine, o personagem que incorpora o Marquês de Sade diz que tudo é justificado quando o objetivo é a gratificação de seus sentidos, e que a ele é permitido usar outros seres humanos da forma como ele desejar para aquele propósito.

O fato dos sociopatas possuirem pouca empatia para o sofrimento dos outros tem sido demonstrado experimentalmente em muitos estudos, os quais têm mostrado que eles exibem um processamento anormal de aspectos emocionais da linguagem, e que geralmente eles possuem resposta fisiológica fraca (no sistema nervoso autônomo) a imagens, palavras e situações de alto conteúdo emocional. Como acontece com os predadores, os sociopatas são capazes de uma atenção extremamente alta em certas situações.

O distúrbio sociopático também está altamente associado com a incidência de abuso de drogas e alcoolismo. De fato, esta associação piora os aspectos do comportamento sociopático, assim considera-se que eles são mutuamente reforçadores.
O DPA é relativamente fácil de diagnosticar. O mesmo Dr. Hare desenvolveu uma escala de avaliação, chamada Psychopathy Checklist-Revised (PCL-R), que é útil para este propósito, particularmente na avaliação de criminosos (a população forense). Você pode testar a si próprio usando uma escala on-line disponível no Internet Mental Health.

Sociopatas violentos ocasionam um alto preço para a sociedade humana. Nos EUA, mais da metade dos policiais mortos por criminosos eram vítimas de sociopatas. O DPA é comum entre dependentes de drogas, mulheres e crianças, gangsters, terroristas, sádicos, torturadores, etc. Além disso, "os psicopatas são aproximadamente três vezes mais propensos a recidivar - ou quatro vezes mais propensos a recidivar violentamente do que os não sociopatas", de acordo com um estudo recente. Citando novamente o Dr Robert Hare: "É enorme o sofrimento social, econômico e pessoal causado por algumas pessoas cujas atitudes e comportamento resultam menos das forças sociais do que de um senso inerente de autoridade e uma incapacidade para conexão emocional do que o resto da humanidade. Para estes indivíduos - os psicopatas - as regras sociais não são uma força limitante, e a idéia de um bem comum é meramente uma abstração confusa e inconveniente".

Além disso, sob situações de stress, tais como em guerras, pobreza geral e quebra da economia, surtos epidêmicos ou brigas políticas, etc., os sociopatas podem adquirir o status de líderes regionais ou nacionais e sábios, tais como Adolf Hitler, Stalin, Saddam Hussein, Idi Amin, etc. Quando eles alcançam posições de poder, eles podem causar mais danos do que como indivíduos.

Qual é a causa da sociopatia? Como o cérebro está envolvido? Como isto pode ser prevenido e tratado?

Estas são questões importantes para a humanidade, para a lei e medicina. A curva ascendente da violência sem sentido, frequentemente por pessoas jovens (a medida que o tempo passa, mais e mais jovens...), impõe um senso de urgência em obter respostas para elas.




terça-feira, 19 de junho de 2007

De que isto vale?
Dilacera meu peito a saber
por onde andas.
Onde estão teus passos agora que estou aqui.
E minha intuição,
maldita intuição, às vezes,
me diz onde estás.
Pior,
diz que nem pensas em mim.
E eu sofro, choro e grito,
e nada disso adiantará.
Minha dor aos poucos se esvai
pela noite pranteada.
O mar não nega nenhum rio,
como a tristeza abre seus braços para seus filhos.
Não há nada.
Nada mais.
Por mim,
por ti e por tudo,
eu gostaria de estar ao teu lado,
mas isso não me cabe.
Adeus, sonhos singelos,
esta noite eu vou dormir,
esperando que meus sonhos te digam
o que minh'alma tanto necessita.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Airbag

Na próxima Guerra Mundial
Em uma curva fechada de um caminhão
Eu nasço de novo

Em um sinaleiro de neon
Correndo para cima e para baixo
Eu nasço de novo

Numa explosão interestelar
Eu estou de volta para salvar o universo
No profundo sono da inocência
Eu nasço de novo

Num carro alemão veloz
Estou impressionada por ter sobrevivido
Um airbag salvou minha vida
Numa explosão interestelar
Eu estou de volta para salvar o universo

quinta-feira, 14 de junho de 2007

"Os leigos preferirão encaramujar-se em seu mundo familiar quando verificarem que a descoberta do passado envolve maiores mistérios e requer mais audácia que uma antevisão do futuro."
------------------------------ Erich von Däniken

domingo, 10 de junho de 2007

"Se cada Ser Humano tivesse que testemunhar a morte do animal que ele come, a dieta vegetariana seria bem mais popular" John Oswald
"Que ingenuidade, que pobreza de espírito, dizer que os animais são máquinas privadas de conhecimento e sentimento, que procedem sempre da mesma maneira, que nada aprendem, nada aperfeiçoam! Será porque falo que julgas que tenho sentimento, memória, idéias? Pois bem, calo-me. Vês-me entrar em casa aflito, procurar um papel com inquietude, abrir a escrivaninha, onde me lembra tê-lo guardado, encontrá-lo, lê-lo com alegria. Percebes que experimentei os sentimentos de aflição e prazer, que tenho memória e conhecimento.Vê com os mesmos olhos esse cão que perdeu o amo e procura-o por toda parte com ganidos dolorosos, entra em casa agitado, inquieto, desce e sobe e vai de aposento em aposento e enfim encontra no gabinete o ente amado, a quem manifesta sua alegria pela ternura dos ladridos, com saltos e carícias.Bárbaros agarram esse cão, que tão prodigiosamente vence o homem em amizade, pregam-no em cima de uma mesa e dissecam-no vivo para mostrarem-te suas veias mesentéricas. Descobres nele todos os mesmos órgãos de sentimentos de que te gabas. Responde-me maquinista, teria a natureza entrosado nesse animal todos os órgãos do sentimento sem objectivo algum? Terá nervos para ser insensível? Não inquines à natureza tão impertinente contradição" Voltaire


segunda-feira, 4 de junho de 2007

Longe das migalhas
quero, pois, estar,
posto que aprisionam dizendo salvar,
e que viciam o ser em benefício próprio.
Pois,
longe de tudo devo permanecer,
pela dádiva a mim concedida
de enxergar o que antes me negava a ver.
Por causa das migalhas.
Eis que o ser sofre e luta,
e chora e perde,
e fraqueja e termina
por deixar-se escravizar.
Tudo o que não deseja
é encontrar-se com o Nada,
e continuar sua senda
da maneira com que seus iguais fazem.
E vão seguindo lado a lado
contentes e descontentes,
pois têm companhia
e não chegarão ao Nada.
Assim será pela eternidade,
quando as almas não alcançarem nenhuma iluminação.

Ouso dizer que minha alma encotrou o Nada.
Foi-me mostrado pelo caminho da dor.
Agora estou eu,
buscando a mais de mim,
e sinto que já subi um degrau.
Ao som do silêncio,
ouvi a mais bela das vozes,
e ansiei por mais sons.
Minha alma renasceu e pediu-me para viver.
Há nela,
ou houve por esta manhã,
uma chama tão curiosa
que fez esquecer-me que sinto frio.

domingo, 3 de junho de 2007

"O bom é saber que não se pode entender,
Se perder e se achar prá poder se entender
Tem que saber chegar,
tem que esperar sua vez"